Get all 5 Lula Queiroga releases available on Bandcamp and save 20%.
Includes unlimited streaming via the free Bandcamp app, plus high-quality downloads of Capibaribum, Aumenta O Sonho, Duna, Tardinha, and Todo Dia É O Fim do Mundo.
1. |
Aumenta O Sonho
03:15
|
|||
Aumenta O Sonho (Lula Queiroga)
De leve como um sopro no ouvido
Criou sentido em meu coração
Afia o fio do pensamento
Estica o tempo
Aumenta o sonho
Segura minha mão
Enquanto o mundo sofre da alma
Flutuaremos nosso balão
Por sobre os oceano continentes
Sem sair do chão
Libertos da prisão
Enfrentar a fúria dos dias
A jaula das horas
Você me ensinou a ver
De dentro pra fora
Nasci pra te conhecer
A vida é só um sopro da alma
É o tempo entre o raio e o trovão
|
||||
2. |
Amor Roxo
03:57
|
|||
AMOR ROXO
(Lula Queiroga)
Amor roxo
Amor até o fim
Que se aproxima
Amor anfetamina do ciúme
Amor que te consome
Te confunde, te alucina
Soma de todos os piores pesadelos
Amor que te arrasta pelo pelo
Amor que afunda a alma na lama
Amor roxo
Amor de violeta e hematoma
Já nem merece ser chamado amor
Não passa de um sentimento bruto
Em estado de coma
Pra que deixar chegar a tanto
Quando um pouco só já enche o coração
De espanto
Amor roxo
Que passa da medida do possível
Que fica possessivo e vira ira
Amor que se machuca, se agride, se tortura
Soma quando um mais um dá menos que zero
Amor que é sincero enquanto fere
Amor que arrebenta a redoma
Pra quê deixar chegar a tanto
Quando um pouco só já enche o coração
De espanto
|
||||
3. |
Duna
04:18
|
|||
Duna
(Lula Queiroga – Lucky Luciano)
Duna
Areias que me mexem
Já não sei mais voltar por onde vim
Paisagem muda de lugar
Mudam
Os ventos que te trazem
E a onda obedece à lei da lua
Maresia, maré cheia
Eu lembro da menina, toda pluma, leve
O raio do poente em seu cabelo solto
A gente era eterno e não temia nada
Nem as ondas gigantes do mar revolto
O chão do paraíso era um país habitado
Por nossos desejos plenos e livres
(por nossos desejos livres)
Duna
Recordações futuras
E fotos amarelas de um verão
No último dia em que eu fui feliz
Eu queria voltar de onde vim
Mas a duna muda sempre de posição
Não tem norte, nordeste, nem direção
Só pegadas perdidas, estrada sem fim
Mas aquela menina correndo ao sol
Era a prova que um dia existiu pra mim
Uma praia de ouro e areia e delírio
Qualquer fragmento que nos una
Duna
|
||||
4. |
#XôPerrengue
04:17
|
|||
#XôPerrengue
(Lula Queiroga)
Eu não sou seu camarada
Nunca serei conivente
Não sou seu sócio em nada
Não sou amante ou parente
Eu desconheço seu rosto
Mas reconheço a serpente
Quando o chocalho do rabo
Chacoalha na minha frente
Eu não sou sua parelha
Meu código é diferente
Não cuspa na minha orelha
Proposta tão indecente
É uma mangueira sem fruto
É uma festa sem gente
É uma prosa sem futuro
É o lado escuro da mente
Arruma outro pra zombar
Comigo você perde tempo
Arranja outra alma pra encruzilhar
E sai do meu pensamento
Aqui não é teu terreiro
Nunca te dei confiança
Ninguém quer o seu palpite
Sua energia me cansa
Você é um lixo tóxico
Hashtag xô perrengue
Suma da minha cabeça
E esqueça desse merengue
|
||||
5. |
Casa Coletiva
03:37
|
|||
Casa Coletiva
(Pedro Luis/Lula Queiroga)
Reage, toma forma, ganha voz
Agrupa, soma força, chama vida
As flores saem dos jarros
Estampam sua camisa
A hora pós relógio
A fonte primitiva
Jorra
No jardim
Da casa coletiva
Colonizando o céu com sua voz
Inaugurando a terra prometida
A música chove da nuvem
O barro pinga da bota
Semente virando fruta
E a natureza brota
Bruta
No quintal da casa coletiva
Os muros já não servem mais pra nós
Os nós já não amarram nossa vidas
As folhas forram a mesa
Os copos brindam na brisa
Qualquer sinal de fraqueza
A união catalisa
O canto parece reza
Veneno vira vacina
E a morte anunciada
Com sua voz assassina
Cala
Na sala da casa coletiva
|
||||
6. |
Tardinha
04:58
|
|||
Tardinha
(Manuca Bandini - Lula Queiroga)
Em que engarrafamento andarás Nesse horário de pico?
Em que coletivo lotado
Carro de vidro fechado
Moto, taxi
Parada de ônibus
Esqueces de mim?
Entre sirenes, semáforos, barricadas Imersa em fumaça de escapes
Em que estação de metrô
De pé ou quem sabe sentada
Em que parte da estrada
Distante, calada
Esquecida de si?
Hey, que solidão
Ó meu amor
No meio do tumulto quente Nesta hora estridente Cheirando a fritura e dissabor Hey que solidão
Ó meu amor
Que frio no calor da multidão
O sol derrete o asfalto por onde passas Nesse crepúsculo aflito
Em que janela de van?
Em que escada rolante?
Estarás subindo, nesse exato instante Contente, sem mim?
Onde o meu sentimento se esconderá Nesse momento esquisito
Metade do mundo pipoca em conflito
Gente sem terra, crianças fugindo de guerras Maiores que a minha
E tão perto de ti
Hey
Que solidão
Ó meu amor
Sempre tudo tão urgente Nessa pressa indiferente
A nossa canção virou vapor Hey que solidão
Ó meu amor
Que frio no calor da minha mão
|
||||
7. |
Não Há Nada Lá Fora
04:39
|
|||
Não há nada lá fora (Lula Queiroga)
É uma procura inútil
Não há mesmo nada lá fora Lembro que estremeci
Quando ela falou em ir embora
Sem se preocupar se vai ferir Qual o coração que vai partir Ela decidiu ser outra história E agora, eu
Tenho que gastar saudade Caminhando em ruas estreitas
No lado hostil dessa cidade Enquanto girava o chão do planeta
Apenas um ponto de solidão
Um carro fugindo na contra-mão
Um corpo que voa ao romper da aurora E agora, eu
É uma procura inútil
Não há mesmo nada lá fora
|
||||
8. |
||||
A BALADA DO CACHORRO LOUCO (FERE RENTE)
(Lenine/Lula Queiroga/Chico Neves)
Eu não alimento nada duvidoso
Eu não dou de comer a cachorro raivoso
Eu não morro de raiva
Não mordo no nervo dormente
Posso até não achar o seu coração
E talvez esquecer o porque da missão
Que me faz nessa hora aqui presente
Mas se a minha balada na hora H
Atirar para o alto cegamente
Ela é pontiaguda, ela tem direção
Ela fere rente
Ela vai ela fica a minha bala
Ela fere rente
Eu não alimento nenhuma ilusão
Eu não sou como meu semelhante
Eu não quero entender
Eu não preciso entender sua mente
Sou somente uma alma em tentação
Em rota de colisão
Deslocada, estranha e aqui presente
Mas se a minha balada na hora então
Errar o alvo na minha frente
Ela é cega, ela surda, ela é explosão
Ela fere rente
Ela vai, ela fica, a minha bala
Ela fere rente
|
||||
9. |
Rio-Que-Vai-E-Volta
04:06
|
|||
RIO-QUE-VAI-E-VOLTA
(Lula Queiroga / Fabricio Belo)
Perdi
Mas agora achei
O significado da vida com você
Gastei todo oxigênio pra entender
É normal como respirar
Debaixo dágua
Ou pular da ponte
Horizonte nenhum pra guiar
Vou seguir
Como os dias seguem sem remorso
Solta
Deixa ir
Ao contrário desse rio
Que vai e volta
Zerei
para compreender
Que amor só funciona livre,
E as vezes sufoca o coração
É normal como acreditar
Que amanhã será a solução de tudo
Durmo cedo
Nem sinto a noite passar
E acordar
Para um mundo novo
Que eu mal conheço
Deixe estar
Sem aviso ou endereço
O bem virá
E você virará
|
||||
10. |
Futilosofia
04:22
|
|||
FUTILOSOFIA
(Lula Queiroga / Fabricio Belo)
A nova placa-mãe do robô
O cérebro que sonha dentro do bebê
A nerd que hackeia o terminal
E a bíblia da velhinha que nem sabe ler
Todas as ciências penduradas no varal
A tampa da chaleira que assovia
Um beija flor que morre em pleno ar
Um pingo que desaba da torneira da pia
(como explicar ? )
FUTILOSOFIA PURA FUTILOSOFIA
A jamaicana que acordou falando chinês
A ginasta com prótese de PVC
Uma árvore feita de célula tronco
Um baseado pronto na impressora 3D
O peido do boi na atmosfera
A termelétrica soltando gases no céu
A fumaça que expande a mente e altera
O desenho do pintor na ponta do pincel
(como explicar ?)
FUTILOSOFIA PURA FUTILOSOFIA
A rua rastreada pelo Google
a terra girando na holografia
Pra quê velocidade se não sai do lugar ?
quem descobriu o Brasil foi a calmaria
Caiam daí todos os drones
É o grande apagão wifi da humanidade
Chegue mais perto do próximo
E delete de uma vez todos os seus clones
E a festa acabou mas ninguém vai embora
Quem tá aqui dentro, quem tá lá fora
Valeu pela magia, pela cumplicidade
mas já é tarde
e deserto
geral na cidade
FUTILOSOFIA PURA
Ainda é proibido usar
A futilosofia para fins recreativos
mas no meu caso é medicinal
É salvação mental
É o que me deixa vivo
É utopia e futi, futi, futebol
É simetria irregular, palito ao sol
É a teimosia de juntar
O que não pode com o que não devia: futilosofia
Futilidades que valem milhões
Filosofia barata de almanaque
Duas artes ancestrais
Hoje são vítimas de intenso e massivo ataque
A banalizacão da violência
O ódio radical sem endereço
A notícia abrupta, a sequência ininterrupta,
O fim que chegou antes do começo
A futilosofia reinará
Sobre o vazio humano absoluto
Escrevendo no vácuo na página zero
Não vai ter festa, nem vai ter luto
mas aparecerá um poeta,
Que vai perceber meu abandono
e sua voz ecoará em minha testa:
Vai dormir que teu mal é sono
|
||||
11. |
Minha Cabeça É O Fim
02:28
|
|||
Minha Cabeça É O Fim
(Lula Queiroga - Yuri Queiroga)
Fábrica do sonho cofre do segredo
Teto onde mora a alegria e o medo
Ela
Faz o que lhe dá na telha
Minha cabeça
É meu Deus
Senhora das dores
Mãe da memória
Caixa sem tampa, baú de Pandora
Ela
Quer ficar louca por mim
Minha cabeça
É o fim
Trouxe prazeres
Trouxe terror
Encheu meus olhos de dúvida e cor
Ela
Ainda não me entendeu
Minha cabeça
Sou eu
Ela faz planos
Ela destrói
Ela te faz de culpado e de herói
Ela
Nunca me deixa escapar
Minha cabeça
É meu lar
Mente junta tanto sentimento
Que nem sente
Se é antigo, se é recente
Se é futuramente
Ou nunca mais
Mente junta tanto pensamento
Que nem sente
Minha cabeça é o fim
|
Streaming and Download help
Lula Queiroga recommends:
If you like Lula Queiroga, you may also like:
Bandcamp Daily your guide to the world of Bandcamp